4/23/2017

Materialidade

Materialidade
PINTURAS – MATERIALIDADE
Desde a pré-história, o Homem se expressa pela pintura, retirando da natureza materiais para expressar suas idéias. As primeiras tintas eram de origem animal – sangue e gordura -, e vegetal _ tritura de filhas, flores e minerais - queima de ossos e argilas coloridas. A falta de luz e de umidade favoreceu a conservação de pinturas feitas em cavernas.
Na antiguidade, outras cores, e matérias passam a ser exploradas pelo homem. No Egito, cores como  o amarelo e castanhos extraídos de sua argila, o branco tirado do gesso, o azul e o verde de fragmentos das pastas de vidros, o uso do cobalto, do cobre  e do negro-fumo são usados para pintar estuques e afrescos principalmente sobre os túmulos. Na Mesopotâmia, restam-nos pinturas feitas sobre azulejos das fachadas de palácios e muros. Os árabes contribuíram com a invenção do azul ultramar retirado da pedra lápis lazuli, mistura do enxofre com mercúrio formando o roxo brilhante muito usado pelos chineses. Os gregos, muito copiaram dos romanos, as pinturas de murais e cerâmicas, mas prevaleceu a mistura de figuras negras sobre fundo vermelho e vice-versa. Os romanos, extraíram  a cor púrpura do caracol marinho, o verde gris da corrosão das placas de cobre, o azul índigo do indigueiro.
Na Idade Média, era natural pintar motivos cristãos sobre catatumbas.  No período gótico, o uso de pintura em vitrais, em madeiras e em altares nas catedrais, com fundos dourados que davam ilusão de espiritualidade espacial marcaram este período. A técnica mais utilizada neste período era com pigmentos misturados em clara de ovo, principalmente na madeira.
O Renascimento, a introdução da tinta a óleo e o óleo de linhaça para secagem, tornou-se uma técnica mais econômica e cômoda comparada a têmpera.
Outros materiais como a sanguínea, um cré natural (almagre) de cor avermelhada preparado como um lápis; pincel de pena com ponta de prata, espécie de estilete; o carvão; o lápis pastel - macio e gomoso, feito de cor misturado a cola natural-, o uso de cartões pré-elaborados decalcados em paredes também contribuíram para facilitar as produções artísticas a partir de então.
Em 1704 Em Berlim descobriram o azul da Prússia e o amarelo-nápoles. Depois, foi difundido a aquarela, e no século XIX, uma ampliação de cores resultante de pesquisas da indústria tintureira,como amarelo-cromo, amarelo-cádmio e o cobalto, a púrpura extraída da raiz da rúbia, o branco de titânio, a tinta acrílica, levando a relegar as tintas naturais.
Tintas 1.º: 1 medida de goma arábica (serve como aglutinante), 2 medidas de água, colocar um pigmento em pó qualquer ( pode ser xadrez, flores macetadas, etc)
2.º Têmpera: Gema de ovo, um fungicida ( pode ser o óleo de cravo usado por dentista – um pingo).
Passar a gema de uma mão para outra até secar e sair a película, peneirar, colocar água, e qualquer pigmento, e ir fazendo o experimento, anotando 1X1, 2X1, e ir fazendo o experimento.
3.º Aquarela: Vermelho-  baba de quiabo misturado com beterraba
Suporte - Além da Madeira, cerâmica, na Idade Média, usava-se pintar vitrais. Na Renascença, as telas de madeira foram substituídas pela tela que hoje nós conhecemos.
Tela: usar pano de saco com boa cramatura, jeans, lençol velho. Usar  cola branca, cascorez ou tenaz e água na proporção de 1/3 e passar com um pincel grande, primeiro na horizontal , deixar secar e repassar na vertical. Depois de seca lixar com lixa de parece grossa ou fina dependendo do tecido usado.
Outros suportes: tela, parede, madeira, vidros, papelão, papel de embrulho, etc.
 Pincéis -Os pincéis eram feitos de pêlos de animais e através dos furos dos ossos sopravam imitando o trabalho feito por canudos e espátulas. Usar corda sisal cortar, colar com fita adesiva num palito de madeira. Deixar de molho num  condicionador de cabelo, depois desfia-lo e penteá-lo. Uso de pêlos diversos.
Molde Papel acetato, capa de pasta velha, chapa de raio X, moldes da natureza, folhas, moedas, etc.
Materiais Diversos:Revistas, esponja de aço, escovas de dente velha, peneira, esponja, espátulas, etc.
Tinturas: carvão, anilina, lápis de cera, lápis de cor, nanquim, guache, hidrográfica,  tinta para pintura a dedo,        guache, giz pastel, e outros naturais.

ESCULTURAS – MATERIALIDADE
Pré-história – esculpia-s o sílex – tipo de pedra- com um instrumento cortante que abatia a caça e cortava madeira; Mais tarde usaram o metal esculpido pela modelagem.
Antiguidade – No Egito, o uso de pedras/granitos variadas (os), como alabastros, xisto verde, porfírio, jaspe amarelo, brechas vermelhas, lápis-laxuli.  Eram usados para fazer amuletos, estátuas. Além disso, os afrescos mostram como se esculpiam as esfinges.   As produzidas sobre mármores, quebravam facilmente. As ferramentas usadas eram os cinzéis, clava e enxó. Na Mesopotâmia a pedra era rara, por isso, produziam estátuas de pequeno porte. Na China, Japão e Índia, trabalhavam sobre a pedra, o jade, o marfim e o bronze. Moldadas ou modeladas, cozidas em fogo eram depois pintadas. Entre os temas estava os animais.
África - a madeira vede auxiliado com um enxó,   uma espécie de colher, folhas de arvores, são usadas para identifica as esculturas sacras africanas.
Esquimós - Misturas de materiais como estofo, ráfia, metal e barro eram usados nas suas esculturas, instrumentadas por  pregos,  mascaras e estátuas representava o ema religioso.
Idade Média – movidos pelo cristianismo, após talhar a pedra, seguindo traços de giz. O trabalho demorava anos para ser concluído. Após a pintura pintava-se  e usava-se muito dourados temas como gárgulas, capitéis e cumeeiras eram frequentemente adornados com criaturas fantásticas. O Pré-colombiano é bem representado pela argila. As cerâmicas ganham consistência após o cozimento, entre os temas estão as máscaras severas. O México contrastava com a anterior, as mascaras são representadas de figuras sorridentes, isto já num período de transição.
Renascença – Michelângelo, pintor, arquiteto e poeta, esculpiu peças que estão hoje na Capela Sistina, sobre mármore, exemplo Davi. As ferramentas dele forma adaptadas, com um pioneiro, ele fez os sulcos, com um cinzel, estrias mais finas, com um grandim com efeito mais granuloso,  com um buril chato,  uma superfície mais lisa.  Rodin – Modelava argila, fazia moldes em gesso sob a argila, e desbastar a colocar o mármore. Finalizava dando a peça jogos de sombras e de luzes.
Idade Moderna – a técnica de Rodin era muito difundida, foram substituindo o mármore pelo bronze e depois submetia a pátina. Degas, depois desenvolver vários desenhos de uma menina de 14 anos, fez uma maquete usando uma mistura de cera de abelha, banha de poço e amido sobre uma estrutura de arame após a modelagem, pintou – a colocou pelos do rabo de cavalo  e vestiu-a com u tutu (saiote de bailarina. A inovação serviu de criticas impiedosas. Neste período a materialidade  africana, americana e da Oceania  foram importantes para dar autenticidade a produção moderna, não apenas nas esculturas.
Idade Contemporânea – Do cimento, madeira, pregadores, papel plástico, conchas, sucatas industrial, o artista do século XX utiliza os mais simples materiais para produzir suas obras.

BORDADOS – MATERIALIDADE
Entre as técnicas de trabalhos manuais, o Bordado é a que apresenta mais variedade de formas e aspectos, exprimindo com muita precisão a habilidade e a personalidade da pessoa.
Os mais antigos registros de enfeites em tecidos com fios vêm dos assírios, babilônios e egípcios, que adornavam o vestuário dos sacerdotes e nobres com muitas cores e motivos variados. 500 anos antes de Cristo, as mulheres gregas já usavam linho bordado. Na China ( o ponto-cruz teria surgido lá há mais de 1000 anos)e Índia, assim como nos povos germânicos, a arte de bordar colchas, toalhas e bolsas, passava de mãe para filha como um conhecimento essencial à formação feminina.
Na Idade Média, o bordado deixou de ser uma simples obra artesanal e passou a ser uma arte, com direito à escolas especiais, com intuito de ensinar as jovens as técnicas do bordado, para adornar os paramentos e adornos da igreja, principalmente o ponto cruz.
No século XVI, espalha-se na Europa, Ásia, Estados Unidos e Inglaterra, trabalhos com o ponto cruz, com desenhos de letras, borboletas, flores, casas, bordas floridas e as famosas amostras (samplers - na língua Inglesa).
Nos últimos séculos, a arte do bordado ainda vem sendo cultuada entre as mulheres como símbolo de status e de habilidade manual. Com a liberação feminina do século XX, apesar da negação aos trabalhos que remetessem a mulher ao lar, o bordado não perdeu força, pelo contrário, nos lares onde continuou ele ganhou novas formas e passou a profissionalizar diversas mulheres nessa arte.
              Com o desenvolvimento tecnológico, muitas máquinas de bordado foram inventadas, e houve uma industrialização da produção manual. Apesar disso, ainda há muito espaço para o trabalho artesanal, que continua sendo valorizado pela criatividade e exclusividade dessa delicada arte feminina, tanto como forma de relaxamento e passatempo como maneira de aumentar a renda familiar.

FOTOGRAFIA – MATERIALIDADE
Desde a antiguidade o homem faz experiências com os princípios da fotografia. O princípio ótico atribuído pelo chinês Mo Tzu no século V a.C.,  são os  primeiros comentários esquemáticos da Câmera Obscura. A câmera escura, ou seja, uma caixa preta totalmente vedada da luz com um pequeno orifício, apontada para algum objeto, a luz refletida deste projeta-se para dentro da caixa e aparece a  imagem.
Numa mistura de princípios químicos e físicos, a arte fotografia dependeu de inovações cientificas para serem concretizada. Na Renascença, ela foi usada para o estudo da perspectiva na pintura, só que já munida de avanços tecnológicos típicos da ciência renascentista, como:
·         lentes e espelhos para reverter a imagem, uso de sais de prata, que reagviam a luz;
·         descoberta do daguerreótipo  sobre  uma chapa metálica era tratada com vapores de iodo, que se tornavam iodeto de prata numa exposição que variava de 20 a 30 minutos tornou-se o primeiro sistema de revelação fotográfica anunciado comercialmente.
·         papel exposto à luz, pela metade, é embebido com hipossulfito de sódio e em seguida lavado com água. Após secagem, o papel é novamente exposto à luz. A metade escura permanece escura, e a metade clara permanece clara.'
·         fixação de  tiossulfato de sódio e eram obtidas imagens negativas em pouco tempo;
·         fixação de imagens em papel sensível, através de cloreto de ouro, cujo agente fixador deveria ser amônia, experiência do  francês Hercules Florence que viveu no entre os anos 1824 e 1879, sistema ganha o nome de fotografia;
·         Em 1850 foi acrescida uma invenção alternativa à albumina de ovo: o colódio, a partir da dissolução de algodão-pólvora em mistura de álcool e éter  obteria melhores condições de transmissão luminosa, fazendo de alguns segundos um tempo suficiente para impressão da chapa.
·         Substituindo o colódio, foi experimentada uma suspensão de nitrato de prata em gelatina de secagem rápida, tornando a fotografia, finalmente, instantânea, ficou conhecida como chapa seca.
·         Esta gelatina foi substituída por Eastman, por  uma base flexível, transparente, de nitrocelulose, e emulsionou o primeiro filme em rolo da história. Construiu uma pequena câmara para utilizar o filme em rolo, que ele chamou de "Câmara KODAK". Lançada  em 1888.
Da fotografia deriva  a arte cinematográfica,  a televisão – fotografias de movimentos.

O CINEMA
 As cavernas o homem já pretendia mostrar movimentos em seus registros. O jogo de sombras do teatro de marionete oriental também faz parte do grupo percursor do cinema, assim como a câmera escura e a lanterna mágica todos tornou fundamentos da arte cinematográfica.
Os primeiros aparelhos capazes de reproduzir imagens em movimentos fora baseados pela persistência retiniana - fração de segundo em que a imagem permanece na retina, descoberto pelo inglês Peter Mark Roger, em 1826, acrescida da fotografia, representou um avanço decisivo na direção do cinematógafo;
·  Em 1832, Plateau inventa um aparelho formado por um disco com várias figuras desenhadas em posições diferentes. Ao girar o disco, elas adquirem movimento, o fenascistocospio.
·  O francês Émile Reynaud, 1877, inventa o  Praxinoscópio – Aparelho que projeta na tela imagens desenhadas sobre fitas transparentes, a multiplicação das figuras desenhadas e a adaptação de uma lanterna de projeção possibilitam a realização de truques que dão a ilusão de movimento.
·  Em 1878 o fisiologista francês Étienne-Jules Marey desenvolve o fuzil fotográfico: um tambor forrado por dentro com uma chapa fotográfica circular.
·  em 1887, Étienne-Jules Marey, inventa-se a Cronofotografia, capaz de fixar fotograficamente várias fases de um corpo em movimento, que é a própria base do cinema.
·  em 1890, O norte-americano Thomas Alva Edison inventa o filme perfurado – Cinetoscópio;
·  em 1895. os irmãos Auguste e Louis Lumière idealizam o cinematógrafo, ancestral da filmadora, é movido a manivela e utiliza negativos perfurados, substituindo a ação de várias máquinas fotográficas para registrar o movimento. torna possível a projeção das imagens para o público. O nome do aparelho passou a identificar, em todas as línguas, a nova arte (ciné, cinema, kino etc.).
A integração do som, da colorização, de efeitos especiais, do desenho animado são princípios que derivaram desta invenção.

TERMOS USADOS EM ARTES
Curadoria – seleção de obras a serem expostas, pode ser por artistas, temas, ou outro tipo de classificação. Os curadores são os responsáveis pela escolha da exposição, pela pesquisa e seleção de obras e artistas; Curadoria Educativa – é desenvolvida através de temas e conteúdos presentes na exposição.   
Obras Interativas – são obras realizadas programadas pelo artista, tem uma estrutura de modo que cada obra, seja ela movimento na tela, som, cor é uma pisa para o desdobramento da obra. Artista, participador e obras se relacionam como face de um mesmo dispositivo. – Quarta Parede.
        Banda - se compõe de um conjunto de músicos que utilizam principalmente instrumentos de sopro e percussão;  Coreto - é uma cobertura, situada ao ar livre, em praças e jardins, para abrigar bandas musicais em concertos, festas e romarias. Também é usado para apresentações políticas e culturais; Concerto - composição musical caracterizada por ter um ou mais de um instrumento solista com acompanhamento de um grupo maior, sobre o qual o solista se destaca.
Som – alteração mecânica que se propaga em torna de movimento ondulatório através de um meio elástico, caracte4rizada por freqüência e intensidade;  Ruído - som não desejado que pode afetar de forma negativa a saúde e o bem estar de indivíduos ou populações; Silêncio – ausência de som,ruído  palavra; Palavra – segmento que deve dar significação, pode ser um discurso oral, um cantar, usado em gestos, no caso de LIBRAS.
        Espaços Expositivos – espaço destinados a mostras institcionais ligadas a artes plasticas, visuais, acervos histoticos, midias contemporaneas e documentação, divulgaçao de programas e projetos promoção da arte.
      Galerias de artes – espaços especializados dedicados a exposição e comrcialização de arte.

    Obra  interativa – A percepção artística é explorada perceptual, cognitiva e interativamente através da arte das telecomunicações, a telepresença e mundos virtuais partilhados, a criação compartilhada, a arte em rede problematizam os câmbios sócio-culturais relacionados com o progresso tecnológico.

HISTORIA DA DANÇA

HISTÓRIA DA DANÇA
Dançar é algo instintivo e natural da natureza humana, e por dispensar matérias e ferramentas e depender apenas de movimentos do corpo é considerado a mais antiga das artes. Ela surge como fruto da necessidade de expressão do homem.
Pré-história – Registrado em pinturas nas cavernas, era usada para aquecer,  rituais de caças e combates, agradecimentos pela cura de um enfermo, por fenômenos da natureza, colheitas, ou lamentar pela morte ou homenagear os mortos, comemorar casamentos e nascimento de uma criança.
Antiguidade –documentados através de pinturas, esculturas e escritos coexistiam  danças sacras e profanas.Dedicadas a deuses e como modo de  entretenimento,  desencadearam o desenvolvimento do teatro., era usada aprendizagem de auto-controle e desembaraço, alem de moldar a musculatura dos corpos  e harmoniza-los cm os espírito.   Com foram incrementada  a acrobacias,  magias, e a jogos, exemplo, os  Olímpicos.
Idade Média –Enquanto Santo Agostinho considerava um pecado grave, São Basílio de Cesaréia considerou-a a mais nobre atividade dos anjos.Os dançarinos ambulantes mantiveram viva esta arte. Casamentos, feriados e outras ocasiões tinham suas danças folclóricas..No século XIV, a peste Negra ocorrida na Europa levou o povo a cantar e dançar em cemitérios acreditando que com essas encenações afastariam demônios.
Renascimento –a dança  teatral reaparece passando a ter um sentido social, originaram posteriormente a dança de Salão. Na Itália, cria-se o balle.
Romantismo – O balé passa a incorporar magia, delicadeza de movimentos, a personagem feminina frágil, delicada e apaixonada, povo e a nobreza passa a imitar os camponeses com as valsas e polcas,- danças sociais.
Idade Moderna  e Contemporânea –marcado por movimentos pessoais de expressão, exemplo Isadora Duncan. .Surge ritmos e estilos  diferenciados,  novas combinações de passos e danças.A dança teatral é representada no cinema. Nasce a dança de rua.

DIVISÕES DA DANÇA
Dança  folclórica - traduz, num esboço, a fisionomia típica de certa época ou de certa sociedade. Faz parte dos costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. São preservadas pela repetição , vão mudando com o tempo, mas os passos básicos e a música assemelhem-se ao estilo original. Todos os países têm algum tipo de dança folclórica e a maioria pertence apenas a sua nação, algumas são executadas em ocasiões especiais.
Dança teatral –   é encenada para entretenimento de espectadores. Dentro dela encontramos o balé, a dança moderna, danças folclóricas, os bailados dos musicais e o sapateado.
Dança Social ou de salão - A forma de dança em casal como mero entretenimento e realizada em ambiente fechado (salões), tem origem nos bailes da nobreza européia, - valsa. , pode ser vista como uma fonte de preservação de características culturais populares.




História do Samba -  Ritmo Brasileiro
Nascido da influência de ritmos africanos,  sofreu  inúmeras modificações até chegar no ritmo que conhecemos. O samba - antes denominado "semba" - foi também chamado de umbigada, batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe, batucada e partido alto, entre outros, muitos deles convivendo simultaneamente!
O termo "semba" - também conhecido por umbigada ou batuque - designava um tipo de dança de roda praticada em Luanda (Angola) e em várias regiões do Brasil, principalmente na Bahia. Levado depois para o Rio de Janeiro.
Surgido da acomodação de diversos gêneros musicais e da confusão gerada pelos novos ritmos populares, no principio pelo lundu, polca, chula e maxixe, oficializou-se em 1917 com o lançamento da música para o carnaval, “Pelo telefone”, que  nunca ficou bem definida a sua classificação - tango, maxixe ou samba.

Dança e o deficiente - Através da dança, o deficiente físico pode explorar habilidades do corpo físico, desmistificando o modelo de corpo perfeito. Ela ainda provoca um pensamento deferente sobre a relação do corpo e a representação de belo e grotesco, saúde e doença, alienação e comunidade, autonomia e interdependência.
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 Encaro a dança como a arte da inteligência e memória corporal, que com seu  caráter poético nos encanta através de movimentos e gestos. Completaria ainda, afirmando que a dança, como experiência artística, pode encantar aquele que assiste, mas também aquele que executa, sendo bailarino profissional ou um bailarino cidadão. Ela pode ser uma rica experiência para os  sentidos do nosso corpo, influenciando na nossa percepção sobre a vida.
  Na sociedade contemporânea, a tecnologia e a imagem invadem os nossos desejos, sofremos muitos estímulos que contribuem para diminuir progressivamente a nossa sensibilidade, diminuir os prazeres proporcionados pelos nossos sentidos. A dança, pode criar alguns mecanismos de resistência, na medida que envolve os sentidos do movimento, do ritmo, da audição, da visão, da razão, do tato, do cheiro, enfim, sensações que se estabelecem por um envolvimento do homem na sua totalidade com o meio que o cerca. (...)
A dança pode ser estratégica no sentido de gerar experiências estéticas que possibilitem a transformação de valores, costumes e crenças, sendo significativa no processo de transformação da sociedade  brasileira contemporânea. São referenciais da linguagem da dança (movimento, espaço, forma, dinâmica e tempo), essenciais à pesquisa e desenvolvimento da linguagem, sendo subsídios fundamentais para a prática, reflexão e apreciação da dança.(...)
Por meio da dança é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de maneira a mudar a realidade que foi analisada.

SOUZA,  Profa. Ms.Maria Inês Galvão. Arte, Cultura e Sociedade:
Uma rede intrigante para algumas reflexões sobre a Dança.

 Universidade Federal do Rio de Janeiro

MATERIALIDADE

Materialidade e Imaterialidade

Quando encenamos ou dançamos, o próprio corpo, ao se movimentar, dá significados e simboliza através de ações, idéias que queremos passar. As emoções que passamos, não são matérias palpáveis, no entanto, são chamadas de imaterialidades
Nosso corpo tem forma e as idéias que expressamos é o conteúdo da arte.
Toda produção artística utiliza uma matéria, na sua produção e na sua apreciação, percebemos a imaterialidade presente. E, é impossível separar forma e conteúdo numa obra, aliás, é pela forma e conteúdo que se percebe a identidade da produção de uma obra,  seu significado, impresso em cada artista e época.
Salas de espetáculos e de concerto, museus, galerias, instituições culturais são locais onde abrigam obras artísticas. Nestes espaços estão presentes diversos tipos de profissionais que trabalham e se envolvem com a Arte, curadores, museólogos, encenadores, maestros, cenógrafos, agentes educativos, e outros.
Outras atividades, como atividades circenses, sejam eles apresentados em palcos, ruas, ou em serviços voluntários beneficentes são também espaços e modos de participação da Arte.
 Além destes espaços fechados, as obras que habitam as ruas, seja elas visuais ou sonoras, também fazem parte do nosso patrimônio cultural e são memórias do nosso coletivo, bens culturais que apresentam a nossa história através da estética, das crença e de nossa cultura, formando nossa identidade.

Pinturas – Materialidade
Desde a pré-história, o Homem se expressa pela pintura, retirando da natureza materiais para expressar suas idéias. As primeiras tintas eram de origem animal – sangue e gordura -, e vegetal _ tritura de filhas, flores e minerais - queima de ossos e argilas coloridas. Os pincéis eram feitos de pêlos de animais e através dos furos dos ossos sopravam imitando o trabalho feito por canudos e espátulas. A falta de luz e de umidade favoreceu a conservação de pinturas feitas em cavernas.
Na antiguidade, outras cores, e matérias passa a ser exploradas pelo homem. No Egito, cores como  o amarelo e castanhos extraídos de sua argila, o branco tirado do gesso, o azul e o verde de fragmentos das pastas de vidros, o uso do cobalto, do cobre  e do negro-fumo são usados para pintar estuques e afrescos principalmente sobre os túmulos. Na Mesopotâmia, restam-nos pinturas feitas sobre azulejos das fachadas de palácios e muros. Os árabes contribuíram com a invenção do azul ultramar retirado da pedra lápis lazuli, mistura do enxofre com mercúrio formando o roxo brilhante muito usado pelos chineses. Os gregos, muito copiaram dos romanos, as pinturas de murais e cerâmicas, mas prevaleceu a mistura de figuras negras sobre fundo vermelho e vice-versa. Os romanos, extraíram  a cor púrpura do caracol marinho, o verde gris da corrosão das placas de cobre, o azul índigo do indigueiro.
Na Idade Média, era natural pintar motivos cristãos sobre catatumbas.  No período gótico, o uso de pintura em vitrais, em madeiras e em altares nas catedrais, com fundos dourados que davam ilusão de espiritualidade espacial marcaram este período. A técnica mais utilizada neste período era com pigmentos misturados em clara de ovo, principalmente na madeira.
O Renascimento, a introdução da tinta a óleo e o óleo de linhaça para secagem, tornou-se uma técnica mais econômica e cômoda comparada a têmpera.

E, quanto ao suporte, a madeira foi substituída pela tela. Outros materiais como a sanguinea, um cré natural (almagre) de cor avermelhada preparado como um lápis; pincel de pena com ponta de prata, espécie de estilete; o carvão; o lápis pastel - macio e gomoso, feito de cor misturado a cola natural-, o uso de cartões pré elaborados decalcados em paredes também contribuíram para facilitar as produções artísticas a partir de então.
Em 1704 Em Berlim descobriram o azul da Prússia e o amarelo-nápoles. Depois, foi difundido a aquarela, e no século XIX, uma ampliação de cores resultante de pesquisas da indústria tintureira,como amarelo-cromo, amarelo-cádmio e o cobalto, a púrpura extraída da raiz da rúbia, o branco de titânio, a tinta acrílica, levando a relegar as tintas naturais.
Materiais
Tinturas: carvão,anilina, lápis de cera, lápis de cor, nanquim, guache, hidrográfica,  tinta para pintura a dedo,           guache, giz pastel, e outros naturais.
Suporte: tela, parede, madeira, vidros, papelão, papel de embrulho, etc.
Feitio de matérias artesanais
Tela: usar pano de saco com boa cramatura, jeans, lençol velho. Usar  cola branca, cascorez ou tenaz e água na proporção de 1/3 e passar com um pincel grande, primeiro na horizontal , deixar secar e repassar na vertical. Depois de seca lixar com lixa de parece grossa ou fina dependendo do tecido usado.
Pincéis: usar corda sisal cortar, colar com fita adesiva num palito de madeira. Deixar de molho num  condicionador de cabelo, depois desfia-lo e penteá-lo. Uso de pêlos diversos.
Tintas
1.º:
1 medida de goma arábica (serve como aglutinante), 2 medidas de água, colocar um pigmento em pó qualquer ( pode ser xadrez, flores macetadas, etc)
2.º Têmpera
Gema de ovo, um fungicida ( pode ser o óleo de cravo usado por dentista – um pingo).
Passar a gema de uma mão para outra até secar e sair a película, peneirar, colocar água, e qualquer pigmento, e ir fazendo o experimento, anotando 1X1, 2X1, e ir fazendo o experimento.
3.º Aquarela
Vermelho-  baba de quiabo misturado com beterraba
Molde
Papel acetato, capa de pasta velha, chapa de raio X, moldes da natureza, folhas, moedas, etc.
Materiais Diversos
Revistas, bom brill, escovas de dente velha, peneira, esponja, espátulas, etc.

Proposta: Individual:Caderno de desenho: Escolher uma técnica, se pintura, fabricar seu próprio pincel, e se possível sua própria tinta e compor uma pintura figurativa ou abstrata. Não esquecer que além da materialidade, forma e conteúdo deve haver a imaterialidade introduzida na obra. No caderno de textos: Fazer um relatório sobre todo o processo.

Em grupo: Planejar, trazer materiais diversificados conforme planejamento do grupo.  Não esqueça de relatar.

Saudade na Pandemia

 Saudade da aula olho a olho, Da poeira do giz,  Da fileira de carteiras,  nem sempre ajeitada. Da sala grande,  Das estantes com livros, Do...