HISTÓRIA DA DANÇA
Dançar
é algo instintivo e natural da natureza humana, e por dispensar matérias e
ferramentas e depender apenas de movimentos do corpo é considerado a mais
antiga das artes. Ela surge como fruto da necessidade de expressão do homem.
Pré-história – Registrado em pinturas nas cavernas, era usada para
aquecer, rituais de caças e combates,
agradecimentos pela cura de um enfermo, por fenômenos da natureza, colheitas,
ou lamentar pela morte ou homenagear os mortos, comemorar casamentos e
nascimento de uma criança.
Antiguidade –documentados através de pinturas, esculturas e
escritos coexistiam danças sacras e
profanas.Dedicadas a deuses e como modo de
entretenimento, desencadearam o
desenvolvimento do teatro., era usada aprendizagem de auto-controle e
desembaraço, alem de moldar a musculatura dos corpos e harmoniza-los cm os espírito. Com foram incrementada a acrobacias,
magias, e a jogos, exemplo, os
Olímpicos.
Idade Média –Enquanto Santo Agostinho considerava um pecado grave,
São Basílio de Cesaréia considerou-a a mais nobre atividade dos anjos.Os
dançarinos ambulantes mantiveram viva esta arte. Casamentos, feriados e outras
ocasiões tinham suas danças folclóricas..No século XIV, a peste Negra ocorrida
na Europa levou o povo a cantar e dançar em cemitérios acreditando que com
essas encenações afastariam demônios.
Renascimento –a dança
teatral reaparece passando a ter um sentido social, originaram
posteriormente a dança de Salão. Na Itália, cria-se o balle.
Romantismo – O balé passa a incorporar magia, delicadeza de movimentos,
a personagem feminina frágil, delicada e apaixonada, povo e a nobreza passa a
imitar os camponeses com as valsas e polcas,- danças sociais.
Idade Moderna e Contemporânea –marcado por movimentos
pessoais de expressão, exemplo Isadora Duncan. .Surge ritmos e estilos diferenciados, novas combinações de passos e danças.A dança
teatral é representada no cinema. Nasce a dança de rua.
DIVISÕES DA DANÇA
Dança
folclórica - traduz, num
esboço, a fisionomia típica de certa época ou de certa sociedade. Faz parte dos
costumes e tradições de um povo e são transmitidas de geração em geração. São
preservadas pela repetição , vão mudando com o tempo, mas os passos básicos e a
música assemelhem-se ao estilo original. Todos os países têm algum tipo de
dança folclórica e a maioria pertence apenas a sua nação, algumas são
executadas em ocasiões especiais.
Dança teatral – é encenada para entretenimento de espectadores. Dentro dela
encontramos o balé, a dança moderna, danças folclóricas, os bailados dos
musicais e o sapateado.
Dança Social ou de salão - A forma de dança em casal
como mero entretenimento e realizada em ambiente fechado (salões), tem origem
nos bailes da nobreza européia,
- valsa. , pode ser
vista como uma fonte de preservação de características culturais populares.
História
do Samba - Ritmo Brasileiro
Nascido
da influência de ritmos africanos,
sofreu inúmeras modificações até
chegar no ritmo que conhecemos. O samba - antes denominado "semba" -
foi também chamado de umbigada, batuque, dança de roda, lundu, chula, maxixe,
batucada e partido alto, entre outros, muitos deles convivendo simultaneamente!
O
termo "semba" - também conhecido por umbigada ou batuque - designava
um tipo de dança de roda praticada em Luanda (Angola) e em várias regiões do
Brasil, principalmente na Bahia. Levado depois para o Rio de Janeiro.
Surgido
da acomodação de diversos gêneros musicais e da confusão gerada pelos novos
ritmos populares, no principio pelo lundu, polca, chula e maxixe,
oficializou-se em 1917 com o lançamento da música para o carnaval, “Pelo telefone”, que nunca ficou bem definida a sua classificação -
tango, maxixe ou samba.
Dança e o deficiente - Através
da dança, o deficiente físico pode explorar habilidades do corpo físico,
desmistificando o modelo de corpo perfeito. Ela ainda provoca um pensamento
deferente sobre a relação do corpo e a representação de belo e
grotesco, saúde e doença, alienação e comunidade, autonomia e interdependência.
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Encaro a dança como a arte da inteligência e
memória corporal, que com seu caráter
poético nos encanta através de movimentos e gestos. Completaria ainda,
afirmando que a dança, como experiência artística, pode encantar aquele que
assiste, mas também aquele que executa, sendo bailarino profissional ou um
bailarino cidadão. Ela pode ser uma rica experiência para os sentidos do nosso corpo, influenciando na
nossa percepção sobre a vida.
Na sociedade contemporânea, a tecnologia e a
imagem invadem os nossos desejos, sofremos muitos estímulos que contribuem para
diminuir progressivamente a nossa sensibilidade, diminuir os prazeres
proporcionados pelos nossos sentidos. A dança, pode criar alguns mecanismos de
resistência, na medida que envolve os sentidos do movimento, do ritmo, da
audição, da visão, da razão, do tato, do cheiro, enfim, sensações que se
estabelecem por um envolvimento do homem na sua totalidade com o meio que o
cerca. (...)
A
dança pode ser estratégica no sentido de gerar experiências estéticas que
possibilitem a transformação de valores, costumes e crenças, sendo
significativa no processo de transformação da sociedade brasileira contemporânea. São referenciais da
linguagem da dança (movimento, espaço, forma, dinâmica e tempo), essenciais à
pesquisa e desenvolvimento da linguagem, sendo subsídios fundamentais para a
prática, reflexão e apreciação da dança.(...)
Por
meio da dança é possível desenvolver a percepção e a imaginação, apreender a
realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo ao
indivíduo analisar a realidade percebida e desenvolver a criatividade de
maneira a mudar a realidade que foi analisada.
SOUZA, Profa. Ms.Maria Inês Galvão. Arte, Cultura e
Sociedade:
Uma
rede intrigante para algumas reflexões sobre a Dança.
Universidade Federal do Rio de Janeiro
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