5/05/2011

8. ANO ESTADO

8.ª série –
Introdução a Arte

A Arte faz parte do ser humano e da sociedade desde a pré-história até os dias atuais, fez e faz parte de toda produção cultural do homem, introduziu um novo modo de pensar, ensinar novas relações, novos pensamentos e idéias, emoções e anseios que habitam tanto o Homem como a sociedade. E ainda capacita o individuo no seu modo de interpretar, compreender, representar, imaginar o mundo.
Atualmente, não há definitivamente um conceito exato para que se é Arte. Sabe-se que nosso planeta vem sofrendo modificações culturais, e, a Arte, consequentemente tem sofrido transformações. Antigamente, o belo, o estético, estava vinculado a Arte, hoje, nem sempre vimos isso. No entanto, ela não perdeu sua essência. Ela está ligada intimamente ao Homem, em si, a Sociedade, e a cultura inserida na mesma. Se olharmos a nossa volta, veremos que estamos rodeados pelas Arte. Ela domina todo espaço em que vivemos; ela determina nosso modo de ser; ela determina o que somos. Ela faz parte de todos nós, individual e coletivamente.


Apostila 1 - Poéticas no Território de Processo de Criação

Apreciação
Marulhos – Cildo Meireles _ A obra composta de um píer de madeira sobre o chão e milhares de livros abertos Com imagens de mares distintos. No ambiente, ecoa a edição sonora da palavra água gravada em 80 idiomas. A obra compõe a exposição Babel no Museu Vale do Rio Doce, em Vitória, Espírito Santo em 2007. A intenção era impor ao visitante uma negociação do espaço com a obra o espaço físico e geopolítico.
Cia do fuxico – A Batalha dos Encantados – No espetáculo são encenadas as aventuras de Ifá (o babalaô, aquele que lê os búzios) e seu encontro com a bela deusa Euá – uma boneca de pano que representa um rio africano, e as aventuras dos meninos Ibejis, Cosme e Damião. A batalha desses personagens é travada contra a fome, a sede e a Morte, (Ikú) vestida com seu manto de capuz negro manipulado e braços feitos com grandes garfos de alumínio, contem bonecos artesanais, panos, brinquedos populares e objetos são manipulados e animados e, mantém a presença constante do narrador. A música ao vivo, composta por cantigas africanas e outras do cancioneiro popular.
As histórias que foram pesquisadas por Reginaldo Prandi e Carlos Eugênio Marcondes de Moura sobre a cultura e arte brasileiras e que possibilitam a ressignificação dos mitos africanos no Brasil, adaptadas ao publico infantil.
Terpsi Teatro de Dança – E la nave no va - Espetáculo inspirado na obra de Frederico Fellini, foi apresentado dentro de um trem aéreo (aeromóvel), como interferência urbana concebido, agora em sua versão para o palco, onde personagens que se encontram para realizar um filme e, através de filmagens simultâneas realizadas em cena pelos intérpretes, sobre a relação entre o movimento - espaço e interprete, possibilitando novos jogos cênicos.
Balé Da Cidade De São Paulo - Baile Na Roça: Coreografias Para Portinari – inspirado na primeira tela em que retratou o Brasil, pintando uma típica festa popular de sua cidade natal no interior de São Paulo, Brodósqui, comemorar os cem anos desse pintor brasileiro. Remonta a história da rainha das águas, Iara, e sua luta contra o Sol da seca nordestina, que na peça, começou a andar com seus próprios pés. Nessa versão, mantém a divisão anterior em cinco balés dirigido pela coreógrafa Ana Teixeira, mostrando as mulheres fortes através de seus pés, suas mãos e costas marcantes nas telas. |No cenário, há pinturas projetadas com uma alteração com personagens de Brodósqui que foram retirados para que os dançarinos dessem vida a eles durante o balé, como o sanfoneiro, o João Negrinho e os familiares de Portinari. Além do espantalho que recebe o único solo do espetáculo, quando um dançarino se movimenta pendurado por elásticos, utilizando técnicas circenses.
Além de retratar a realidade na “roça”, há temáticas urbanas das telas do pintor representando retirantes oprimidos na cidade grande, uma bailarina dança dentro de uma espécie de aquário que se esvazia ao fim da cena, ao som Caetano Veloso e da Orquestra Sinfônica Municipal, com composições assinadas por Egberto Gismonti, Sérgio Assada e Hermeto Paschoal, que encerra o balé com forrós.
Gota d’água – Bibi Ferreira – peça escrita em 1975 por Chico Buarque e Paulo Pontes, baseada na tragédia Medéia, de Eurípedes, e das canções compostas por Chico, toda cantada por Bibi Ferreira, atriz que interpretou Joana, protagonista da peça. Com arranjos musicais, que caracterizam to cênico musical, o elenco interpreta a comunidade de moradores do conjunto habitacional carioca Vila do Meio-Dia, quem cantarola a bela Flor da Idade.

Situação de Aprendizagem Música
A música Águas de Março foi escrito durante a construção de sua casa em Poço Fundo, que atrasou devido as chuvas de março. Tom Jobim angustiado, foi anotando num papel de pão, rabiscando, re-escrevendo, procurando sons, ritmos, harmonias e palavras. A obra composta pela variação harmônica de poucas notas, pelo ritmo constante da chuva, pela letra que descreve o movimento das águas morro abaixo, descrevem a enxurrada que desce morro abaixo, a conversa a beira d rio, e o cenário do ambiente do sítio como da casa. O título Águas de março, Jobim busca no poema de Olavo Bilac

Caçador de Esmeraldas
Foi em março, ao findar das chuvas, quase à entrada
De outono, quando a terra, em sede requeimada,
Bebera longamente as águas da estação,
- Que, em bandeira, buscando esmeraldas e prata,
À frente dos peões filhos da rude mata,
Fernão Dias Pais Leme entrou pelo sertão.
Ah! quem te vira assim, no alvorecer da vida,
Bruta Pátria, no berço, entre as selvas dormida,...

Águas de Março
Tom Jobim
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é o laço, é o anzol
É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira
É o vento ventando, é o fim da ladeira
É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira
É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão
É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto
É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada
É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé
São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
pau, pedra, fim, caminho
resto, toco, pouco, sozinho
caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol
São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.

Situação de Aprendizagem – Artes Visuais
Regina Silveira - Gone Wild - Instalação
Leitura das pp. 26 e 27, da apostila... anotações das palavras chaves


Texto: Artes Visuais - Processo de Criação Gone Wild

A artista brasileira Regina Silveira recebeu a encomenda do curador do Museu de Arte Contemporânea de na Diego, na Califórnia, que convidou três artista pra dialogar com o novo designer do museu, que passara por uma grande reforma.

Relato de Regina Silveira
“ ... Realmente eu me senti bastante pressionada a responder aquela solicitação Quando eu cheguei ao museu a reforma não estava concluída. O que eu pude fazer foi fotografar o hall de entrada de longe. ... Eu pude fotografar os operários fazendo aquilo que entraria em vigor que era um chão onde havia um padrão de granito claro-escuro com as manhas de um cachorro dálmata. Eu pude estudar bastante a obra de Venturi quando me convidaram o para fazer esta colaboração, este diálogo, essa interpretação, que eu acho muito honrosa, porque admiro particularmente esse arquiteto, Então, fui chamada porque o curador viu a afinidade ente a minha poética e a poética do arquiteto. De fato, tem muitas pontes possíveis. Mas eu fiquei muito atraída pelo padrão, que é ima repetição das mandas de cachorro dálmata. De alguma maneira estavam repetidas nos tapumes que tampavam a obra do edifício e estavam no hall fazendo essa incrustação no chão, (...)
... Eu comecei a olhar as minhas próprias fotografias que, eu revelara, para ver que ideia eu podia ter. E, finalmente. A odeia brotou assim, num momento. (...)De noite, eu não sabia se eu estava ainda acordada ou já estava dormindo porque tem essa diferença de horário muito grande coma Califórnia. E o que veio foi assim, um momento de clareza, assim. Veio com palavras, veio com palavras em inglês, animals crossing, os animais cruzando o espaço, porque esse chão tinha uma qualidade animal, é muito orgânico, pareciam pegadas, alem disso era uma entrada do museu e essa ideia da passagem, do fluxo era forte. Então, sempre que eu olhava aquilo pareciam que eram gigantescos animais passando pelo hall.
Então, o que eu quis fazer foi, em primeiro lugar, criar uma situação de passagem, na entrada do museu. Criar nas paredes, refigurar o animal do chão. Primeiro eu pensei que ele devia ser tornar mais selvagem, eu queria um animal selvagem que caçasse o cachorro. Em, seguida pensei patas de novo, porque pareciam marcas de ´patas descendo as paredes. Pensei em leão, pensei em tigre, pensei em algo caçando aquele cachorro dálmata. Finalmente essa ideia foi depôs refinando eu, mais tarde, pude entender que eu quero a marcas de um animal mais selvagem, mais feroz e, para tanto, tinha que ter unhas.
O meu estudo, depois, me levou entender que alguns felinos não marcam as unhas e que na verdade eu tinha que procurar a versão selvagem do próprio dálmata, e ai surgiu o lobo, surgiu o coiote. Toda essa elaboração foi muito rápida, como um filme que passa rápido, então eu já sabia, quando eu pude terás fotografias aquilo que eu queria que esta instalação fosse. E ficou bem parecida com aquilo do primeiro momento. Eu entendi que eu queria usar a ideia da passagem e daí o processo começou a ser elaborado.
Eu comprei livrinhos para caça: como os animais andam, como deixam vestígios, enfim, as diferentes marcas das patas. (...) Todas essas coisas eu fui olhando para nutrir o meu projeto e cada uma despertava outras ideias. Eu vi também que existem diferenças entre o trote e o galope. Finalmente, eu estabeleci que eu queria fazer um animal selvagem. Esse animal selvagem terminou sendo um coiote, porque um coiote tem toda uma importância e uma presença no lendário americano, e no lendário indígena também. Ele é o enganador, ele é o mágico, o coiote. Ele ao mesmo tempo impregna toda uma literatura. O coiote também, naquela área da fronteira onde esta San Diego, é a pessoa que faz os papeis para os mexicanos cruzarem legalmente a fronteira. Achei que isso era bastante provocativo pelo fato de ser uma entrada de museu, ser uma passagem. Esse museu está localizado naquela área ali, também em frente ao mar. Tudo levava aquela ideia que eu pude depois e explorar, onde apareceram esses dados assim de tempo, os rastros, os índices de algo que já passou, algo que passou por ali e deixou aquela marca. Então tudo isso agiu na minha imaginação para eu poder começar os desenhos preparatórios, que fiz as montanhas.
Ao voltar para o Brasil, eu elaborei todos esses pensamentos. Eu disse que já tinha tido a ideia, que eu estava contente,que eu chequei, fotografei, olhei e dava certo, eu pude visualizar isto, mas eu precisava afinar tudo. E esse afinar foi longo, demorou m mês e tanto ou mais, dói meses, de muitos desenhos.
Depois desses desenhos, eu planejei, eu fiz simulações já em cima de fotografias. (...) Não sabia como produzir Ito, que era uma coisa que tinha que ter uma regularidade que o meu desenho, sozinho, não ia conseguir. Os dados que eu tive que trabalhar – e que par Amim são importantes por que não são limitantes, mas são provocativos, dão parâmetros – são as plantas (...) estava testando tipos de patas, inclinações, compressão, enfim, ima porção de coisas... Cada desenho desses levava dias fazendo. Havia um momento e,quem eu passava para um ajudante continuar, era penoso. Finalmente eu pude regularizar todo através de um programa de computador, e chegara malha final onde eu coloquei, na mesma inclinação, a sequencia de patas. (...). Eu tive que fazer isso no tamanho do espaço, ou seja, com quatro metros e meio por vinte metros. Eu fiz isso num estúdio, com tiras de papel, como se fosse papel de parede. Foi o que eu levei para lá.


Atividade:

1) Faça a correspondência da segunda coluna de acordo com a primeira:

(A) Marulhos
(B) A Batalha dos Encantados
(C) E la Nave no va
(D) Baile Na Roça: Coreografias Para Portinari
(E) Gota d’água

( ) Peça teatral sobre a cultura afro-brasileira.
( ) Peça dançante inspirada nas obras de um pintor brasileiro
( ) Exposição visual que representa um grande mar com figuras de mares diversos
( ) versão de um filme italiano adaptado para o palco
( ) versão da tragédia de Medeia para uma comunidade carioca.

2) Marulho, A Batalha dos Encantados tem um tema em comum. Qual é o tema?

3) Das obras abaixo que Saberes Culturais podem ser observados:
a) Marulhos: _______
b) A Batalha dos Encantados:____
c) Baile Na Roça: Coreografias Para Portinari:__
d) Gota d’água:____
e) Águas de Março:_____
f) Gone Wild:______

4)Descreve passagens obre o processo de criação das obras:
a) Águas de Março:
b) Gone Wild:


2018 - 8.º ano - Apostila 1- O Suporte na materialidade da Arte

História dos Suportes

Nas linguagens artísticas, em dança e teatro temos sempre como suporte o corpo do dançarino ou do ator, este suporte também pode ser usado em artes visuais como é o caso de pinturas corporais, tatuagens e outros afins. E, na música, o som é o suporte.
Nas Artes Visuais, no caso da pintura, temos uma infinidade de suportes para se trabalhar. Desde os tempos remotos, o homem utiliza-se de suportes para registrar suas impressões sobre o mundo, como é o caso das paredes das cavernas na pré-história, e, depois outros tipos encontrados na natureza, como a argila, ossos, conchas, marfim, folhas de palmeiras, bambu, metal, cascas de árvores, madeira, couro, papiro, pergaminho, seda, e finalmente, o papel. Com o tempo, cada região começou a explorar suportes diferentes.
Na Antiguidade, no Egito, pintavam estuques e afrescos principalmente sobre os túmulos; na Mesopotâmia, os azulejos das fachadas de palácios e muros; os gregos, murais e cerâmicas. Na Idade Média, era natural pintar motivos cristãos sobre catatumbas. No período gótico, o uso de pintura em vitrais, em madeiras e em altares nas catedrais era comum. No modernismo e na atualidade, qualquer superfície passa a ser suporte para as artes plásticas, como murais em parede, telas, madeiras, móveis e objetos de decoração, os vidros, os plásticos e outros materiais sintéticos.
Na escultura, não é diferente, a pedra e o metal foram o primeiros materiais a serem modelados pelo homem, na Pré-história.
Na Antiguidade, o Egito talhava pedras/granitos variados, usados para fazer amuletos, estátuas, além dos afrescos que se esculpiam as esfinges; na Grécia, o mármore era utilizado com frequência, material que quebra facilmente, por isso, temos hoje um legado de estátuas de deuses gregos mutilados. Na Mesopotâmia, pelo fato da pedra ser rara, produziam estátuas de pequeno porte. Na China, Japão e Índia trabalhavam sobre a pedra, o jade, o marfim e a moldagem com bronze que eram cozidas em fogo eram depois pintadas sob temas de animais; na África, destacava-se a madeira; os esquimós, misturavam materiais como estofo, ráfia, metal e barro eram usados nas suas esculturas, máscaras e estátuas religiosas. Na Idade Média, o cristianismo, era representado talhas sobre pedras, seguindo traços de giz e depois pintadas com dourado, temas como gárgulas, capitéis e cumeeiras e santos. O Pré-colombiano e no México é representado pela argila, as cerâmicas ganham consistência após o cozimento, e, entre os temas estão as máscaras.
Na Renascença, estátuas de mármore enfeitavam igrejas, destacando-se trabalhos de Michelangelo, e, aparece Rodin que inova com a reprodução de peças que modelava a argila, depois fazia moldes em gesso sob a argila, e desbastar a colocar o mármore, finalizava dando a peça jogos de sombras e de luzes.
Na Idade Moderna – a técnica de Rodin passa a ser difundida, substituindo o mármore pelo bronze. Degas inova tanto em materiais como na estética, mudando padrões artísticos, depois desenvolve vários desenhos de uma menina de 14 anos, fazendo uma maquete usando uma mistura de cera de abelha, banha de poço e amido sobre uma estrutura de arame, e, após a modelagem, pintou–a, e, colocou pelos do rabo de cavalo e vestiu-a com um tutu (saiote de bailarina). A inovação serviu de críticas impiedosas. Deste modo, caminhou-se para a Idade Contemporânea, onde cimento, madeira, gesso, pregadores, papel plástico, conchas, sucatas industrial, materiais como massas de modelar, papel machê, técnicas de papelamento, fazem o artista do século XX que utiliza materiais dos mais simples ao complexo para produzir obras de arte.

RESPONDER QUESTIONARIO PASSADO NA SALA DE AULA ATÉ 31 DE MAIO



AVALIAÇÕES PARA 2. BIMESTRE – 7. ªS SÉRIES – ARTE

• Datas Comemorativas abril e Maio: questões e desenhos
• Atividade Prática: Pintura sobre suportes Variados – entrega até 31 de maio
• Atividades Escritas: Entrega do questionário Sobre o Texto História dos Suportes- até 31 de maio
• Festa Junina: Participação em sala e no dia do evento
• Prova Bimestral - Estudar Textos:Datas Comemorativas Abril e Maio e Hitórria dos Suportes
• Caderno, apostila e atividades em sala de aula

Prof.ª Lídia.
7.ª série - Apostila 4 – Misturança Étnica – Marcas do Patrimônio Cultural, Rastros na Cultura Popular

Situação de Aprendizagem 1 – Cultura Africana, cultura Indígena marcas do Patrimônio Cultural, Rastros na Cultura popular

Cultura Africana
Pablo Picasso- Lês Demoiselles d’Avignon
Segundo o estudioso Gill Perry, e o crítico de Arte Jean Hubert Martin, as duas figuras da direita da tela foram influenciadas por obras da arte africana, como as máscaras de Daomé.
A simplicidade das formas e das distorções expressivas da obra classifica a como obra subseqüente de “fase negra”.
Somente no século XX, essas obras foram reconhecidas por artistas modernos. Em 1920, as galerias de arte de Paris encheram-se de esculturas, talhas, máscaras e outros objetos de origem africana, cuja historia e estética eram pouco conhecidas pelos europeus.
No Brasil, os modernistas como Mário de Andrade que preocupou-se em valorizar nossas heranças culturais africanas, indígenas e oriundas da arte popular, que resulta da mistura de todos os esses povos.
Em 1936, durante o governo de Getulio Vargas, com a criação do SPHAN – Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – a partir do anti projeto de Mário de Andrade, para proteger, tombar, fiscalizar, restaurar, identificar e preservar os bens culturais do país.

Apreciação – A Arte afro-brasileira
A África está aqui. Nos profetas, santos e anjos de Aleijadinho; na música de Villa-Lobos e Dorival Caymmi, nas esculturas de Agnaldo dos Santos, nas mulatas de Di Cavalcanti; na Bahia recriada por Carybé; na poesia de Gregório de Matos, de Castro Alves, de Vinicius de Moraes; na dança; no canto; nos deuses; na culinária.
Entretanto, é apenas a partir dos anos 1970 que se passou a valorizar a identidade negra, com movimentos e ações que se espalham pela mídia e com promulgação de leis antirracistas. Assim, a arte afro-brasileira faz parte do circuito internacional das Artes. Ela ganhou esse nome no século XX e passou a ser reconhecida como qualquer outra manifestação artística, retomando a estética, a religiosidade africana tradicional e o cenário sociocultural do negro no Brasil. Essa Arte consiste na cultura material dos segmentos negros no Brasil, nas releituras da Arte africana tradicional e em outras de origem africanas como afro-americana, afro-cubana, indo além dos limites da etnologia, esparramada na arte barroca, acadêmica, modernista, contemporânea, erudita e popular.
A dança com elementos da cultura africana surgiu no Brasil no período colonial (já no século XVI), trazida pelos escravos africanos. Esse modo de dançar foi registrado na composição de cultos africanos e na capoeira. Ao longo dos anos, a dança de origem africana começou a ser modelada e difundida em diferentes estados brasileiros, passando também a ser valorizada nos trabalhos de dança cênica apresentada por companhias profissionais.
Grupos como Ilê aiyê, Male de Balê, Olodum, Banda Timbalada, todos do estado da Bahia, são conhecidos pelo trabalho de inclusão social de jovens, no combate a discriminação racial e de divulgação de um cultura que construiu o Brasil.

A Capoeira
A capoeira trata-se de um jogo criado pelos angolanos libertos da escravidão que indica a velocidade dos movimentos dos bailarinos/dançarinos, alem de defesa pessoal, requer flexibilidade, equilíbrio e gingado dos dançarinos e precisão dos músicos. É uma manifestação de liberdade.
A música é realizada por um cantor que puxa o coro, cantado por versos em quadra, cantilenas, históricas, e por meio de instrumentos como o berimbau, pandeiro, adufe, atabaque, ganzá ou reco-reco, caxixi e agogô, sendo o berimbau o principal podendo guiar sozinho a roda da capoeira.
A letra da música conta lendas, causos, cenas do cotidiano, sincretismo religioso homenageando São Bento.

Artistas Afro-brasileiros
Mestre Didi
Este artista trabalha peças simples, de plasticidade, sugerindo movimentos de dança muito leves, a arte afro-brasileira com materiais que guardam significações complexa em cada matéria empregada, como:
• Os búzios: a fecundidade, a riqueza ou os mortos;
• As nervuras (colhidas dos brotos de palmeira e submetidas a um longo processo de secagem e limpeza): emanação da terra do poder dos ancestrais;
• A cor branca (iwá): o poder que permite a existência;
• A cor vermelha (axé): o dinamismo;
• A cor preta (abá): o que lhe dá finalidade.
Emanoel Araújo e Rubem Valentim
Ambos também trabalham com matérias cuja composição de formas remetem signos da cultura afro-brasileira.
Heitor dos Prazeres
Cita o negro de formas diversas. Como também músico, faz que sua pintura ecoa ao samba carioca, sons da África.
Rosana Paulino
Evoca em suas obras a dor, o preconceito, a condição de mulher.







Arte Indígena
Atribui-se ao indígena uma única identidade, e a uma única cultura, devido a escassez de estudos, contando-se com o início da história do Brasil, iniciado em 22 de abril de 1500, rotulando a “arte indígena” centrado no olhar do colonizador.
As produções artísticas indígenas não forma criadas apens como objetos contemplativos. Uma flecha de caça, um cesto para armazenas farinha de mandioca, uma espátula para virar o peixe no moquém são também objetos de delineiam visões do mundo específicas. Uma máscara é a personificação de idéias acerca da humanidade. As concepções de humano, do animal, do vegetal, do sobrenatural são expressas de formas abstratas, como por exemplo, para os índios xerente, o trinagulo constitui o padrão jabuti e o zigue-zague, o padrão sucuri.
As produções atuais preservam a originalidade dos diversos povos, mesmo que devido a aquisição de novos materiais, ao desaparecimento das matérias-primas tradicionais, a inovação individual e novas oportunidades provocarem mudanças, as diversidades de etnias sempre qualquer obra de qualquer étnica e tempo será sempre denominada no plural “artes indígenas”. No entanto, a restrita falta de difusão e de socialização da informação,aponta a fragilidade de acessos a esse patrimônio cultural.

Músicas
A música kankikis faz parte da obra Farrapos, kankurus e kankikis – danças dos índios mestiços do Brasil , são inspirada em um tema dos Caripunas, do Estado do Mato Grosso, grupo que se teria sido formado da miscigenação com negros.
Heitor Villa Lobos e Mário de Andrade publicaram Viagem da descoberta do Brasil, de melodias indígenas.
Marlui Miranda compôs a letra de uma missa escrita em Tupi por José de Anchieta, adaptando a canção dos Aruá, resultado de um trabalho etnomusicológico, coletnado e estudando musica das nações indígenas da Floresta Amazônica, dos povos Takano, Sorul, Pakaa, Nambikwara, Yanomami, Suya, Jabuti, Kayapó, juruna, tupári. Com arranjos misturando sonoridades e a influência européia/americana.
Os compositores Xavantes sonham com as músicas, se for adulto, imediatamente as comunicam aos demais; se for adolescentes, precisam da autorização dos anciãos. Depois de muito estudar, em um dia de festa, a musica é apresentada a tribo, esperando que um velho índio a aprove, se não ela será esquecida. Assim, o repertorio é renovado, preservando raízes e cumprindo função dentro da comunidade.

Os instrumentos musicais, como zunidores e chocalhos recebem ornamentos e penas de rara beleza, sempre tocados em conjunto, acompanham a dança, que assume característica ritual, de celebração, de rito de passagem, de prática religiosa, etc. protagonizada por homens, enquanto as mulheres apenas observam ao lado das crianças e idosos. As letras das músicas contam proezas da guerra e da caça.
São consideradas danças de origem indígenas, o cateretê ou catira, o toré dos quilombos alagoanos, o caruru, o sarabaque ou dança de santa cruz, o sairê do extremo norte do Brasil, assim como alguns folguedos populares, como caiapós, caboclinhos, tribo, dança dos tapuias e pássaros.
Nas Artes plásticas há a arte plumária a pintura corporal, cestarias, cerâmicas, ornamentos, esculturas zoomorfias, grafismos, tear, objetos de madeiras, etc. Os matérias usados são mateeris-primas como palemiras, cipós, arumã (ervas), pejas, plumas, argila, madeira, fibras; Há ainda gomas colantes, tinturas vegetais e minerais, vernizes, construção de instrumentos, ferramentas, objetos decorativos, etc.

Cultura Popular
A heterogeneidade é uma das características da cultura popular, ou seja, a desigualdade das características. Ao mesmo tempo, cada modalidade musica, ou dança dramática traz em si uma estética que surge da ancestralidade cultural originária da fusão cultural entre colonizadores, índios e africanos, que formam a cultura brasileira. Dessa mistura de cultura, multiculturalidade, surgeriu canções como a Paratodos de Chico Buarque de Holanda que cita seus antepassados, o personagem Macuinaina de Mario de Andrade, nascido negro, de mãe índia que virou branco quando foi parar na cidade depois de sair da mata virgem.
Zé Caboclo e Mestre Vitalino, escultores,com o barro, rvela a temática do cotidiano sertanejo, como os bonecos violeiros.
Heitor dos Prazeres, pintor, mostra em suas obas as rodas de samba, passistas de frevo no Arco da Lapa, no Rio de Janeiro dos anos 1930, marcando uma poética, com a escolha de cores fortes e primarias, o traçado simples, importando-se com a figura humana rostos colocados de perfil, quase na ponta dos pés, como se dançassem ou caminhasse com velocidade.


Trabalho - Projeto Bairro
Entrevista: A origem dos moradores,
Musicas e danças da cultura popular dos entrevistados.

Um comentário:

  1. Parabéns pelas observações, estava bastante preocupado com o conteúdo dessa semana sem as apostilas e material gráfico.Um grande abraço.
    Luiz Ramos
    Tenho um blog também:artelr.blogspot.com.br

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Saudade na Pandemia

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